domingo, 28 de julho de 2013

A origem das notas musicais

Muito interessante o artigo sobre a origem das notas musicais publicado por Rainer Sousa, mestre em história, da Equipe Brasil Escola:

monge Guido d' Arezzo - sec X
Desde muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a experiência musical como também elaboram métodos e teorias capazes de padronizar um modo de se compor e pensar o universo musical. Na Grécia Antiga, já observamos formas de registro e concepção das peças musicais através de sistemas que empregavam as letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo, várias foram as tentativas de sistematização interessadas em formular um modo de se representar e divulgar as peças musicais.
Na Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande entre os clérigos daquela época. Por um lado, essa importância deve ser entendida porque os monges tinham tempo e oportunidade de conhecer todo o saber musical oriundo da civilização clássica através das bibliotecas dos mosteiros. Por outro lado, também pode ser entendida porque o uso da música foi assumindo grande importância na realização das liturgias que povoavam as manifestações religiosas da própria instituição.
Foi nesse contexto que um monge beneditino francês chamado Guido de Arezzo, nascido nos fins do século X, organizou o sistema de notação musical conhecido até os dias de hoje. Nos seus estudos, acabou percebendo que a construção de uma escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e, ao mesmo tempo, diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Contudo, de que modo ele criaria essa tal escala?
Para resolver essa questão, o monge Guido aproveitou de um hino cantado em louvor a São João Batista. Em suas estrofes eram cantados os seguintes versos em latim: “Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. Traduzindo para nossa língua, a canção faz a seguinte homenagem ao santo católico: “Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”. Mas qual a relação da música com as notas musicais hoje conhecidas?
Observando as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim, o monge criou a grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi obtido da junção das inicias de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que inspirou Guido de Arezzo. Já o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando uma revisão do sistema concebido originalmente acabou sendo convencionada.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Holograma de Renato Russo


No dia 29 de junho de 2013  foi realizado em Brasilia, no estádio Mané Garrincha, um show idealizado por Giuliano Manfredini, filho do ex-vocalista da banda Legião Urbana, Renato Russo, reunindo a participação de vários artistas da MPB, como; Ivete Zangalo, Sandra de Sá, Zélia Duncan, Lobão e vários outros, onde a Orquestra Sinfônica de Brasilia executou o acompanhamento da música "Há tempos", cantada, nada mais nada a menos que, pelo próprio Renato Russo, só que por meio do seu holograma.
 Os hologramas são registros de objetos que, quando iluminados, permitem que seus originais sejam observados. Um pouco diferente das fotografias, que são registros das diferentes intensidades da luz de uma  cena fotografada. Nos hologramas, são obtidas as radiações luminosas do objeto, ou seja as informações das posições relativas de todos os pontos de um objeto iluminado, possibilitando a reconstrução de sua imagem com suas informações em três dimensões. É necessário uma fonte de luz laser para iluminá-lo.




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Vozes agonizantes?

Em meio às manifestações populares ocorridas recentemente no Brasil, vimos que algumas delas se deram através de atos de vândalos. Estas formas, evidentemente, não devem ser aceitas,  nem isentadas do monitoramento e do combate policial. Afinal, depredação patrimonial particular ou pública, é desordem violenta,  uma tentativa de comutação legítima de atos reivindicatórios justos da população, que   em sua maioria se compunham de manifestantes pacíficos, por uma minoria que se introduziu ali, tentando se passar por um grande grupo violento. 
Vimos que a maioria foi ouvida, ainda que parcialmente, garantindo algumas conquistas importantes, que até então vinham sendo empurradas goela abaixo da população, sem nenhuma contestação, como o preço das passagens dos ônibus, a PEC-37, os 70% dos royalties do petróleo dos estados para a educação. Muitos outros problemas ainda urgem de serem corrigidos em nosso país, principalmente a corrupção no meio político, a reforma política e tributária, a saúde, segurança e os altos preços de pedágios em algumas estradas, etc...
Importa que tenhamos constatado um fato; a resignação de um povo deu lugar a sua voz clamorosa. Seu casulo foi desabitado, suas mensagens chegaram aos ouvidos insensíveis daqueles que se despreocupam com os que deveriam ser representados por eles, pois, espertamente, haviam se esquecido que democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, mas não deixaram de lembrar de seus próprios interesses, em detrimento de seus representados.
Entretanto, uma pergunta ficaria em aberto, meio a todo esse barulho. Haveria por parte daqueles vândalos alguma mensagem que eles estavam querendo nos transmitir, embora expressada de forma equivocada ou simplesmente estavam depredando e roubando? Se havia, que vozes são estas? Devemos dar ouvidos a elas? Até então não estávamos habituados a ouvir nem vozes legítimas que dirá as ilegítimas! Não trazem estas, também as suas reivindicações? Certamente são preocupantes, no mínimo, a começar pelos danos que eles causaram. Que são agonizantes, não restam dúvidas.
Não seriam gritos vindos de cidadãos em agonia, cansados de viverem à margem, num país das mais altas cargas tributárias e de pouco retorno em termos de benefícios à população, não propiciando a ela a qualidade de vida merecida. Onde a desigualdade social é assustadora e sua riqueza nacional acaba se acumulando nas mãos de poucos, e na maioria das vezes de forma injusta.
É incorreto afirmar que na sociedade não se devam ter pessoas ricas. Muito pelo contrário, a riqueza é salutar tanto para seus detentores, como para o país onde eles vivem. A pobreza é que é uma desgraça! Mas a riqueza deveria estar a serviço de todos, daqueles que a detém, dos seus próximos, e da sociedade em que eles vivem, gerando empregos, movimentando a economia, os meios de produção, gerando bens e não simplesmente, especulando, cobrando altos juros e altas taxas.
Caso contrário, somente irá fomentar a injustiça social, e seus efeitos serão sentidos de forma sofrida principalmente pelos habitantes marginalizados, que em lugar de sentirem amor pela pátria e retribuí-lo aos seus compatriotas de forma benéfica, ocorre o inverso, ou seja, na medida em que são violados em suas mais básicas necessidades e direitos, deixam explodir os efeitos de viverem à margem social, onde ainda são explorados.
Se na outra ponta do condão, não forem implementadas ações corretivas das causas geradoras de tais distorções, em seu sistema de sociedade como um todo, em lugar de haver apenas um  silêncio contínuo de muitos que agonizam, possa haver um barulho de vozes agonizantes, em desordem.

Prof Diclei H dos Santos

quarta-feira, 25 de julho de 2012



Investigadores detectam cometa desconhecido próximo da Terra

A União Astronómica Internacional (IAU) confirmou a presença de um cometa próximo da Terra. A descoberta foi feita pelo Observatório Astronómico de Maiorca (Espanha) que denominou o objecto como P/2012 NJ (La Sagra). Segundo informa o observatório em comunicado, foi um telescópio robótico de vigilância espacial deste centro que, no passado dia 16, o encontrou.
Inicialmente, a IAU classificou o objecto como 'asteróide próximo da Terra' (NEO – Near Earth Object), mas dois dias mais tarde, astrónomos do Instituto de Investigação Planetária do Centro Aeroespacial alemão (DLR), fizeram observações de alta resolução e perceberam que se tratava de um cometa quando detectaram uma cauda incipiente de escassos quilómetros.
A descoberta foi reclassificada como Near Earth Comet (NEC). Este cometa tem um núcleo de aproximadamente 10 quilómetros e as primeiras medições apontam para uma velocidade de rotação de 13 horas e um período orbital à volta do Sol de 22 anos.
O cometa foi detectado a 45 milhões de quilómetros da Terra com uma magnitude 14,3, um brilho a OAM diz ser considerável e que facilitará o seu seguimento astrométrico e espectrográfico durante os próximos meses.
Esse estudo permitirá conhecer melhor a evolução dos cometas activos, que têm grande quantidade de elementos voláteis, produzindo grandes caudas, e dos cometas já extintos, que depois de passarem muitas vezes perto do Sol vão perdendo gelo e gás, ficando com uma aparência asteroidal, como é o caso deste.
O P/2012 NJ é o sexto cometa descoberto pelo Observatório de Maiorca, que também já fez outros achados consideráveis: mais de seis mil asteróides, estrelas variáveis, estrelas novas na galáxia de Andrómeda e até 16 supernovas extragalácticas.
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Andrómeda e Via Láctea a caminho da colisão



Dentro de 4 mil milhões de anos a Via Láctea vai colidir com a sua galáxia mais próxima – a Andrómeda. O cálculo foi feito por uma equipa de cientistas da NASA com base em observações realizadas com o telescópio Hubble.
Depois de um século de especulações sobre o destino de Andrómeda e a galáxia onde a Terra se encontra, os cientistas conseguem ter uma ideia clara de como se vão desenvolver os acontecimentos nos próximos milhares de milhões de anos, diz, em comunicado o Space Telescope Science Institute, em Baltimore (EUA).
As simulações por computador realizadas com os dados do Hubble mostram que depois do impacto inicial ambas as galáxias demorarão mais dois milhões de anos a fundirem-se por completo até se tornarem uma galáxia única elíptica.
As estrelas dentro de cada galáxia estão tão longe umas das outras que os especialistas não acreditam que possam chocar entre si. Mas é possível que as estrelas sejam lançadas para uma órbita diferente à volta do novo centro galáctico, explica a NASA.
Os cientistas observaram repetidamente uma região específica da galáxia num período entre cinco e sete anos e concluíram que, mesmo que se registem alterações na Via Láctea, o que é provável, a Terra e o Sistema Solar não estão em perigo de ser destruídos. 
VEJA MAIS EM:      http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54413&op=all

sábado, 21 de abril de 2012


NASA está olhando para a próxima geração de espaço e tecnologia de comunicações. Comunicações ópticas com laser pode ser a resposta para fornecer maior largura de banda, o que permite um rápido fluxo de dados e ainda abre a porta para streaming de alta definição de vídeo de planetas distantes para as estações terrestres na Terra. O Laser Communications Relé demonstração missão (LCRD) será posta à prova em 2016.

domingo, 15 de abril de 2012

FÍSICO Michio Kaku prova existência de Deus ?

É um debate muito interessante este, aberto pelo ilustre físico Michio Kaku. Quando Einstein descobriu a Teoria da Relatividade, Efeito fotoelétrico, e da desintegração do núcleo atômico, chegou a dizer que queria desvendar os pensamentos deDeus. E só em pensar que o maior gênio da humanidade chegou a utilizar próximo a 10% de sua capacidade cerebral, podemos ter noção da imensidão das coisas que ainda nos são ocultas, a começar pela própria infinitude universal. O fato é que, do jeito que as coisas estão se encaminhando, irônica e paradoxalmente, sãos os ateus, as pessoas que precisam ter mais fé (para não crer) que os próprios crentes, e firmarem suas próprias convicções. Mas, com certeza, há ainda, muita coisa no universo, a ser desvendada. O livro de Gênesis diz que não há limites para o que a ciência humana intentar fazer. Estaria esta, conseguindo chegar pelo menos em alguma proximidade daquilo que somente a fé é capaz de revelar? Mas, para quem conhece um pouco dos fatos históricos já ocorridos, e que já haviam sido revelados nas profecias bíblicas, escritas muito antes deles ocorrerem, e outras informações ali contidas, como por exemplo, de que a terra é redonda, sendo mais tarde, objeto de estudos de Copérnico e Galileu.... (prof. Diclei)
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Isaac Newton












Sir Isaac Newton


(Físico, matemático e astrônomo)


25-12-1642, Inglaterra


20-3-1727, Inglaterra


Físico, matemático e astrônomo inglês, foi um dos mais influentes cientistas em toda a história da ciência. Nasceu em 25 de dezembro de 1642, numa fazenda em Lincolnshire, interior da Inglaterra. Legou ao mundo o cálculo diferencial e integral, a mecânica e a óptica racionais e a teoria da gravitação universal – uma obra que consolidou a revolução científica do século XVII. Estudou no Trinity College de Cambridge, onde recebeu em 1665 o título de bacharel, aos 23 anos. Nesse mesmo ano, foi obrigado a se recolher à sua aldeia natal devido à peste que assolava a Inglaterra. Ficou na fazenda de sua mãe por aproximadamente dois anos (1665-1667), período mais tarde chamado de "os anos admiráveis" pelos historiadores da ciência. A lei da gravitação universal, a teoria da decomposição da luz solar no espectro, os anéis coloridos das lâminas delgadas, sistematizados anos depois, foram frutos de reflexões dessa época de ociosidade involuntária.

A maçã e a lei da gravitação Foi naqueles "anos admiráveis" que Newton teria observado uma maçã caindo no chão e, a partir desse fato simples, dado início às reflexões que desembocariam na lei da gravitação universal: a força que havia puxado a fruta para a terra era a mesma que puxava a Lua, impedindo-a de escapar de sua órbita. Sistematizando astrônomos anteriores, como Galileu e Kepler, Newton formulou o seguinte princípio: "A velocidade da queda de um corpo é proporcional à força da gravidade e inversamente proporcional ao quadrado da distância até o centro da Terra". Foi a primeira vez que uma mesma lei física foi aplicada tanto a objetos terrestres quanto a corpos celestes. Até então, esses dois mundos eram tratados como se tivessem naturezas essencialmente diferentes, cada qual com as próprias leis. Ao firmar o princípio da gravitação universal, Newton eliminou a dependência da ação divina e influenciou profundamente o pensamento filosófico do século XVIII, dando início à ciência moderna.

Cálculo infinitesimal Em 1667, Newton retornou a Cambridge e redigiu o princípio que trata da atração dos corpos, mas só o retomou 15 anos depois, em 1682, reagindo a uma provocação do astrônomo Edmund Halley (o do cometa). Nos anos seguintes, ainda iniciais em sua carreira, Newton estava mais interessado na mecânica celeste: desenvolveu o cálculo infinitesimal, chamando-o de "método matemático dos fluxos", e descobriu a aceleração circular uniforme, a que deu o nome de "centrípeta", supondo que o princípio determinante da gravitação terrestre seria o mesmo que governava a rotação da Lua ao redor da Terra, mas, como a comprovação dessa teoria exigia conhecer a medida exata do raio terrestre, Newton abandonou os trabalhos nesse terreno. Dedicou-se, então, à óptica, formulando, em 1669, sua teoria das cores, sobre a decomposição da luz solar por meio de um prisma.

O prisma e o telescópio Das experiências de Newton com a luz, a mais conhecida é a de refração da luz: um raio de sol penetra numa sala escura, atravessa um prisma de vidro e sai do outro lado como um feixe de luzes de diferentes cores, dispostas na mesma ordem em que aparecem no arco-íris. Para garantir que o prisma não teria adicionado novas cores ao feixe, Newton fez o feixe colorido passar por um segundo prisma. Resultado: as cores voltaram a se juntar em outro feixe, de luz branca, igual ao inicial. Depois dessa descoberta, o cientista inglês percebeu que o fenômeno da refração luminosa ocorria sempre que a luz atravessava prismas ou lentes (de modo menos pronunciado) e isso limitava a eficiência dos telescópios. Inventou, então, um telescópio refletor, em que a concentração da luz era feita por um espelho parabólico e não por uma lente. Apresentado à academia em 1671, o princípio desse telescópio é utilizado até hoje.

Princípios Em 1671, Newton assumiu a vaga de professor catedrático de Matemática da Universidade de Cambridge e, no ano seguinte, eleito para a Royal Society, revelou sua teoria das cores, publicada no livreto Nova Teoria da Luz e da Cor. Demonstrou que as cores primitivas ou fundamentais – amarelo, azul e vermelho – possuem caráter especial e não são passíveis de decomposição, e, nos anos seguintes, tratou das propriedades da luz, explicou a produção das cores por lâminas delgadas e formulou a teoria corpuscular da luz.


Em agosto de 1684, aos 42 anos, Newton recebeu a visita do jovem e brilhante astrônomo Edmond Halley, que fora de Londres a Cambridge com o único objetivo de interrogá-lo sobre o assunto do momento nas rodas de ciência: como explicar o movimento dos planetas, observado pelos astrônomos, a partir das "leis da física"? Newton retomou, então, suas reflexões sobre a mecânica celeste. O resultado foi sua obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural), que propõe três axiomas básicos:

1 - A menos que uma força externa atue, todo corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme (princípio da inércia).


2 - Caso uma força externa atue, a aceleração que o corpo recebe dela é diretamente proporcional à sua intensidade (princípio fundamental da dinâmica).


3 - Ao receber uma força de outro, o corpo também exerce sobre este uma força de igual intensidade, mesma direção e sentido contrário (princípio da ação e reação).

A aparente simplicidade desses princípios é resultado de um enorme esforço intelectual empreendido por Newton e criou as bases da ciência moderna. Não apenas os movimentos dos planetas, mas também dos cometas e das marés, são examinados à luz de princípios matemáticos. O trabalho obteve grande repercussão internacional e mudou a vida do cientista. Eleito para o Parlamento em 1687, foi nomeado para a Superintendência da Casa da Moeda em 1696, quando trocou Cambridge por Londres. A saída da Universidade representou o fim da atividade científica, mas o início de seu poderio político nos círculos científicos. Adulado por todos, foi eleito presidente da Royal Society em 1703 e, dois anos depois, sagrado cavaleiro. Sir Isaac Newton dirigiu a instituição com mão de ferro até sua morte, em 20 de março de 1727.